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Saiba como acontece o cultivo de uma pérola

Desde os tempos pré-históricos as pérolas são uma das gemas mais cobiçadas. E não poderia ser diferente, pois a pérola é uma preciosidade criada pela própria natureza e que não precisa de intervenção humana para se destacar entre outras pedras. 

Encontradas de forma despretensiosa, muitos ficavam admirados ao abrir as primeiras ostras e se surpreenderem com o brilho, beleza e tonalidade única das pérolas. 

Por isso, em meio a tanta beleza e história, nós viemos aqui para te contar como essas exuberantes pérolas são cultivadas. Confira agora tudo sobre a pérola cultivada, o porquê o termo “cultivadas” é utilizado e tudo o que envolve esse processo.

O que é uma pérola?

Antes de mais nada, cabe entender o que, de fato, é uma pérola. De forma geral, a pérola é uma “peça” dura formada dentro do tecido mole de um molusco. 

Ainda mais, assim como a ostra que a hospeda, a pérola é composta por nácar – que nada mais é do que o carbonato de cálcio (cristais de aragonita) colocadas em camadas concentradas e unidas pela Conchiolina, um elemento orgânico.

Embora não possamos ver a olho nu, o nácar e suas camadas concêntricas podem ser visíveis através de suaves linhas com texturas, como uma impressão digital.   É exatamente essa textura que causa certa aspereza quando friccionada contra outra borda. Inclusive, esse é um dos principais métodos de saber se uma pérola é verdadeira.

A pérola cultivada

Desde já, cabe ressaltar que a pérola cultivada é dividida em duas grandes áreas: pérolas de água doce cultivadas e pérolas de água salgada cultivadas. Os dois tipos de pérolas são de refinada beleza e muito usada nas mais variadas joias. No entanto, destaca-se as pérolas as pérolas cultivadas em água salgada, pois é considerada uma das mais valiosas. 

Nesse sentido, as pérolas akoya de água salgada foram uma das primeiras a serem produzidas em fazendas de pérolas, porém, não é o único tipo de pérola cultivada. Na realidade, todas as pérolas feitas comercialmente são pérolas cultivadas, o que também inclui pérolas de água doce cultivadas. 

Ainda mais, é notável como a tecnologia colaborou com a produção de pérola cultivada ao longo dos anos. Indo além do que a maioria imagina, uma ostra não produz mais apenas uma única pérola. Em uma única ostra é possível produzir até 30 pérolas (isso quando nos referimos às pérolas de água doce). 

O processo de cultivo de pérolas varia um pouco. Se for pérolas cultivadas em água salgada, é mais trabalhoso e demorado. Visto que as ostras são cultivadas em certa profundidade, é necessário que mergulhadores façam a retirada dos moluscos. 

Por outro lado, pérolas de água doce são cultivadas bem próximas à superfície, facilitando a retirada.

Todas as pérolas vêm de ostras?

Ao falar de pérola, naturalmente nós as associamos com ostras, inclusive, é um termo amplamente utilizado na indústria das pérolas. No entanto, quando trazemos o lado científico para a conversa, vemos que as pérolas mais valiosas não vêm de ostras. 

As pérolas são cultivadas em moluscos de água salgada da família pteriidae, por outro lado, as verdadeiras ostras vêm da família ostreidae. Apesar de os dois tipos serem ambivalentes do filo mollusca, somente os da família ostreidae são ostras verdadeiras. 
Já ao falarmos das pérolas de água doce, temos o seu cultivo em mexilhões que são da família unionidae.  Sendo assim, fica claro que nem todas as pérolas vêm de ostras.

Qual o papel da areia no cultivo da pérola?

Há séculos, alguém que teve sua identidade perdida através da história, disse que a pérola natural é formada quando um corpo estranho, como o grão de areia, invade o tecido do molusco com concha e, então, o molusco começa a revestir essa matéria estranha com um material de concha para diminuir a irritação. Essa informação foi tão divulgada que muitos a consideram como verdadeira. No entanto, análises e até mesmo o senso comum mostram que tal explicação não é verdadeira. Vamos avaliar cada análise.

Senso comum

Segundo o senso comum, se o objetivo do molusco é acalmar a irritação causada pelo grão de areia, não faria sentido continuar com as camadas de revestimento mesmo após o grão de areia ter ficado liso o suficiente para parar a irritação.

Analisando detalhadamente

Ao pararmos para olhar com mais atenção para a teoria do grão de areia, percebemos muitos pontos relevantes. 

Primeiramente, o corpo estranho entra no molusco e permanece no tecido do manto, onde estão localizadas as células epiteliais que produzem o material da concha, ou arrastam as células epiteliais para se anexarem a outros corpos moles do molusco. 

Em seguida, seja no manto ou em qualquer outro lugar, as células epiteliais continuarão a fazer o que são geneticamente programadas para fazer – fabricar materiais de revestimento. No entanto, a célula não continua a construir conchas, mas forma um saco de pérolas e faz uma pérola que envolve o invasor. 

Nesse sentido, pérolas cultivadas com contas como núcleo são produzidas por meio de um processo muito similar. Logo, podemos afirmar que dificilmente as pérolas se formam em volta de um grão de areia. Mas sim, são formadas com frequência por um pedaço de matéria orgânica (muitas vezes parte de outro molusco) ou por resultado de algum dano à concha do molusco.  

Enfim, o mito e exemplo remoto de uma pérola que se forma através de um grão de areia serve apenas para ofuscar as possibilidades da própria natureza de criar uma joia rara como a pérola. 
Por essas e outras, as joias com pérolas são sempre muito valorizadas e cobiçadas, seja em colares, brincos, anéis ou pulseiras de pérola, elas sempre trazem seu toque de feminilidade e pureza.

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